Experiências demonstram que é explícito o apelo à emoção do telespectador quando se coloca na tela da TV imagens chocantes, de extrema violência: pessoas em situações precárias de fragilidade, chorando, sangrando, sendo presas e mortas; vídeos de câmeras de segurança mostrando acidentes; pessoas arremessadas com crueldade e agressividade. Um verdadeiro "show" de horrores que pode ser visto ao vivo e em cores proporcionado pelos telejornais policiais sensacionalistas no Brasil. Nada é mais desumano do que a produção racional e técnica de tais conteúdos assistidos como mais um noticiário qualquer, mesclando-se a momentos de refeição e a comentários que expressam certo costume àquele tipo de notícia; uma banalização, como se tais violências fossem algo normal, do tipo: "é assim mesmo, vida que segue". Paralelamente a essa indiferença e aceitação, nota-se a presença de comentários de ódio direcionados aos protagonistas (algozes) das notícias, algo advindo não só da construção da notícia –